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 Pupillus  

2015/2017

                   

The work Pupillus arises from questions about the essence of the human with an emphasis on the child's image, making use of symbologies, etymologies, relating the history of objects and human representation. The series bears the name Pupillus, a Latin word that means an orphan child, pupil, and which also makes reference to the pupil of the eyes. With a special importance in looking at her figures, Marina seeks to immerse the viewer in the scene and make him complete it with his experience. The aim is to bring sensations to provoke reflections that refer to childhood and naivety.     

 

In this path Marina dialogues with artists such as Hans Bellmer, Farnese de Andrade, Gottfried Helnwein, Sally Mann and Tim Burton, who have an investigation in this universe, whether in the field of painting, sculpture, objects, collages, photography and cinema. The book Presumed Innocense- Photografic Perspectives of Children, curated by Rachel Rosenfield Lafo and the film Das Weiße Band (The White Ribbon) by Michael Haneke are also references for the artist's research, as they raise questions about the place of children in contemporary society.                                                                                                                                                                                                       201

The representation of the child and childhood had different approaches in society. Before the 17th century, they were often seen as defective subjects, or represented as miniature adults. In religious paintings, they appeared in the figure of the baby Jesus and angels, which although represented in children's bodies, were muscular and with aged features. Later in the modern era, the ideal of innocence was created, where the child was seen as naturally pure, and deserving of protection.

Today, this ideal of innocent childhood has been widely challenged. The image of the child appears as something composed of different particularities, dualities, sexuality, seen as social subjects, no longer only as a representation of purity, of the absolute innocence of a being with a mind to be filled. In this sense, the figure of the child appears as a protagonist and provocateur subject and they find themselves in peculiar situations. Their representation as children/dolls is not unreasonable, being between the limits of the human and inhuman, the animate and the inanimate. Themes like abandonment, loneliness are recreated in images like cracks in a figure or playing in unusual places.

Both the creation of non-real places and the representations in dolls also refer to the child's creative ability to invent their own world or to move between these different worlds.

Série PUPILLUS

2015/2017

O trabalho Pupillus surge a partir de questionamentos sobre a essência do humano com ênfase na imagem da criança, fazendo uso de simbologias, etimologias, relacionando a história dos objetos e da representação humana.  

A série carrega o nome Pupillus, palavra em latim que significa criança órfã, aluno, e que faz também referência à pupila dos olhos. Com uma especial importância ao olhar em suas figuras, Marina busca imergir o espectador na cena e fazer com que ele a complete com a sua experiência. O intuito é trazer sensações para provocar reflexões que remetem à infância e ingenuidade.

 

Nesse percurso Marina dialoga com artistas como Hans Bellmer, Farnese de Andrade, Gottfried Helnwein , Sally Mann e Tim Burton que possuem uma investigação nesse universo, seja no campo da pintura, escultura, objetos, colagens, fotografia e cinema. O livro Presumed Innocense- Photografic Perspectives of Children  sob curadoria de Rachel Rosenfield Lafo e o filme Das Weiße Band (A Fita Branca) de Michael Haneke também são referência para a pesquisa da artista, pois criam questionamentos sobre o lugar da criança na sociedade contemporânea.

 

A representação da criança e da infância tiveram diversas abordagens na sociedade. Antes do século XVII, eram muitas vezes vistas como sujeitos defeituosos, ou representadas como adultos em miniatura. Nas pinturas religiosas surgiam na figura do menino Jesus e de anjos, que embora representados em corpos infantis, eram musculosos e com feições envelhecidas. Mais adiante na era moderna cria-se o ideal da inocência, onde a criança era vista como naturalmente pura, e merecedora de proteção.

 

Atualmente, esse ideal da infância inocente tem sido amplamente questionado. A imagem da criança aparece como algo composto de particularidades diversas, de dualidades, de sexualidade, vistos como sujeitos sociais, não mais somente como a representação da pureza, da inocência absoluta de um ser com uma mente a ser preenchida. Neste sentido, a  figura da criança aparece como sujeito protagonista e provocador e encontram-se  em situações peculiares. Não é desproposital sua representação como crianças/bonecas, estando entre o limite do humano e inumano, do animado e inanimado.  Temas como abandono, solidão são recriados em imagens como rachaduras numa figura ou brincando em lugares inusitados.

 

Tanto a criação de lugares não reais como as representações em bonecas também remetem à capacidade criativa da criança, de inventar um mundo próprio ou de transitar entre esses diversos mundos.

 

 

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